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JazzMATAzz _2022 | 9 e 10 JULHO
Mata dos Marrazes | Rua do Viveiro
programa da 4ª edição do jazzMATAzz | Festival de Música da Mata dos Marrazes
9 Julho
21h30 | Mário Delgado “Filactera”
22H30 | Rocky Marsiano & Meu Kamba Jazz
10 Julho
21h30 | André Rosinha Trio
22h30 | Nelembe Ensemble
* um evento da União das Freguesias de Marrazes e Barosa, com o apoio do Município de Leiria e da Antena 2
2002 assistiu à edição do único álbum de originais de Mário Delgado.
Filactera, uma das primeiras edições Clean Feed Records, tratou-se de um projeto para o qual o guitarrista convocou a memória e o universo da Banda Desenhada.
Às pranchas da nona arte foi buscar o nome para este trabalho (Filactera é o vulgar balão que as personagens de banda desenhada usam para comunicarem entre si).
Cristalizado como um marco definitivo do jazz português, este projeto regressa à estrada para celebrar o seu 20.º aniversário e, para isso, Mário Delgado vai estar acompanhado por Alexandre Frazão (bateria), Nelson Cascais (contrabaixo), Desidério Lázaro (saxofone) e Rúben da Luz (trombone), revisitando a banda sonora que compôs para cada espaço mágico compreendido entre uma e outra quadrícula.
Filactera continua a ser, para muitos dos críticos de Jazz Português, um dos melhores discos de sempre.
Rocky Marsiano, projeto do veterano D-Mars, volta às suas origens de fusão entre beats e jazz. (da qual foi pioneiro em terras Lusas com o aclamado álbum de estreia The Pyramid Sessions, 2005).
Mas desta feita esta fusão é levada para novos territórios, fruto do percurso musical que levou a música de Marsiano até Cabo Verde e Angola, Guiné-Bissau e o Brasil. Ritmos afro-latinos são misturados com o swing jazzy e cadências rítmicas que vão desde o hip-hop ao afro-beat.
Assim nasce esta nova encarnação ao vivo: Meu Kamba Jazz. Sempre com muito espaço para a improvisação, aos beats quentes do Marsiano são adicionados o saxofone de Rodrigo Amado, a guitarra de Vicente Booth (dos Mazarin) e a percussão de António Duarte (aka Toni) – tornando cada concerto único.
Triskel dá o nome ao terceiro álbum do contrabaixista André Rosinha. Original da cultura Celta, a etimologia da palavra que nos chega até hoje, tríscele, vem do Grego e significa três pernas. O seu símbolo representa três extremidades curvas que, a partir de um centro comum, se enrolam em espiral, formando uma roseta. O movimento criado a partir da união destas três linhas refere-se à ideia de ciclo, ação e progresso e remete-nos também para o equilíbrio dos três elementos fundamentais da cultura Celta: Terra, Água e Ar; evocando também a interação divina entre Corpo, Mente e Alma. É a partir desta Trindade simbólica em que nos completamos e fundamentamos que o trio se vai apresentar.
O disco Triskel surge assim enquanto evolução do projeto “Árvore”, que permitiu ao trio conhecer-se melhor musicalmente e criar um som cada vez mais coeso e consolidado. É a partir daqui que avançam por novos territórios.
O reportório da autoria do contrabaixista, foi especialmente desenhado para ser interpretado pelos músicos João Paulo Esteves da Silva, no piano, pelo próprio, no contrabaixo e pelo Marcos Cavaleiro, na bateria.
Em Triskel, será mantida a atenção na melodia, agora com mais exploração do arco no contrabaixo e mais momentos de uníssono entre piano e cordas. Respeitar-se-ão algumas das influências do álbum anterior, como o folk, mas haverá maior ênfase na música clássica e num jazz europeu com uma estética mais lírica
Criação do músico e multi-instrumentista Jorge Queijo, Nelembe Ensemble começou com alguns ritmos de bateira gravados ao acaso e guardados num disco rígido. A partir deles, e em plena pandemia, Jorge Queijo construiu um conceito musical que ultrapassa fronteiras e estilos, abraçando afrobeat e highlife, sem esquecer a soul, funk e o jazz em constante confronto. Para além da questão rítmica e sonora, com várias latitudes dentro, o afrobeat traduz-se num ADN comportamental revolucionário e combativo de luta pela liberdade e pela justiça social. As vocalizações do Professor John Ezekiel e os arranjos do saxofonista João Cabrita, definiram o que a banda passou a chamar de dirty afrobeat – uma celebração musical onde a única regra é a ausência de regras, e onde reina a vontade de ser livre que só a música nos dá.
É este o ambiente sócio-cultural e estético que serve de inspiração / mote ao repertório que se tem vindo a criar pelo coletivo de artistas / músicos (Manuel dos Reis – Baixo, Renato Mont – Guitarra, Sérgio Alves – Órgão / sintetizador, João Cabrita – Sax Barítono, Rafael Gomes – Sax Barítono, Rui Teixeira – Sax Alto, Daniel Lourenço – Trombone, João Barroso – Tuba, Juvânia Gomes – Voz, Prof. John Ezekiel – Voz), liderado pelo baterista Jorge Queijo.
Direcção Técnica, FOH Sérgio Milhano, PontoZurca