Filed Under: Dança, FOH, Som
Teatro Nacional D. Maria II
18, 19 e 20 de Setembro
Direcção Artística | Olga Roriz
Bailarinos | André De Campos; Beatriz Dias; Bruno Alves; Catarina Câmara; Francisco Rolo; Marta Lobato Faria; Yonel Serrano
Banda Sonora | João Rapozo
Selecção Musical | João Rapozo, Olga Roriz
Cenografia e Figurinos | Ana Vaz, Olga Roriz
Desenho de Luz | Cristina Piedade
Vídeo | João Rapozo
Captação e Pós-Produção Vídeo | João Rapozo
Montagem e Operação de Luz e Vídeo | João Chicó, Contrapeso
Montagem e Operação de Som | Sérgio Milhano, PontoZurca
Assistência de Cenografia | Daniela Cardante
Assistência de Figurinos | Ana Sales
Estagiárias Assistentes de Ensaios | Ana Silva, Andreia Alpuim
Produção | António Quadros Ferro
Gestão | Magda Bull
Formação e Residências | Lina Duarte
SINOPSE
Caminhamos de intemporalidade em intemporalidade, num espaço celestial entre telas de cinema.
A resiliência dos corpos de mãos dadas recupera os lugares ao longe, num presente que se escapa por entre os pés.
Seis meses depois uma entropia paira em todas as partículas. Tudo congelado!
Já morremos, ou iremos morrer. Seremos breves como o primeiro sopro que engolimos à nascença.
Levitamos ou confundimo-nos com as raízes de florestas densas. Não importa onde estamos, se no ar ou no mar, as moléculas continuam perdidas.
Queremos dizer o gesto entre cores fortes, clarões e escuridão. Queremos rasgar as paredes que nos separam e projetar-nos num campo de papoilas a perder de vista, sem dimensão, imensurável, como naquele sonho onde nenhum de nós quis acordar.
Podemos criar o apocalipse, fazer de Autópsia o único lugar habitável do planeta e em 1, 2, 3 quantos, avistar a onda gigante subir à grua mais alta e ficar ali para sempre no isolamento da memória. Adeus sistema solar.
Em 37 horas, 4 minutos e 12 segundos a Terra irá colidir com Júpiter. E lá se vai o microcosmos e o macrocosmos, o átomo, a molécula, os protões e os neutrões. Lá se vai a física quântica a epigenética e mais os rebuçados do Dr. Bayar. Lá se vão os genes homeóticos, a medicina ortomolecular e as radiações eletromagnéticas.
Não haverá Chakra que nos valha nem coerência que nos salve.
Não haverá chave genética que nos abra mais porta nenhuma.
Adeus humanidade.
Olga Roriz | 23 Nov. 2019